07 janeiro 2008

na rua (ou) no meio do nada e eu de observador.

Há um caminho entre as pedras e a terra vermelha, as árvores, os morros e a água.
Muitas pessoas andando pelo cerrado, em duplas, trios e grupos. Eu sozinho. Prefiro assim, observar é uma arte (já me falaram isso algum dia).

De tênis, bermuda e mochila nas costas sob um sol forte e um céu lindo andei por mais de cinco horas. Observo que tem um casal atrás de mim, sem o intuito de "bisbilhotar" suas intimidades deixo passar a minha frente, e vou seguindo observando como se não estivesse observando, olhando como árvore, andando com passos de perdido.

Amor, eu estou cansada. Falta muito?
Não minha flor.

E ele corre, alcança ela, agarra pela cintura e a ergue. Pronto, está no colo.
Como uma garota brinca com sua boneca. Ela é a boneca.

Amor, você vai me derrubar!
Não minha flor!

Estou feliz. O amor é assim. Do nada, sem pretensão nenhuma me deixou feliz.
Valeu a trilha pela Chapada dos Guimarães.

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