30 janeiro 2008

um dia você entenderá:

Pois é...e dia 08, ou 09/02 nunca chega.

Ás vezes fico só em casa, vou ao cinema ver filme, domingo assisti a dois seguidos.

Ás vezes no trabalho, e estou trabalhando bastante, pelo menos vou ter uma grana para fazer algumas coisas que quero.

Ás vezes na faculdade. Eu estou faltando muita aula, acho que perdi todo o interesse. Vou levando como pássaro em gaiola, sem ter opção de comida,/vida, não sei até onde, mas vou. E nem vôo.
E minha vida está resumida a isso.

Medíocre?
Não sei. Quem sabe?


De todas as coisas só sei que te amo.

23 janeiro 2008

há pessoas (e) pessoas.

Quer queira quer não passamos pelos mesmos locais muitas vezes. A rotina.
É tudo tão rápido. Nem observamos a paisagem. Há pessoas, há formigas, há de tudo. Há.
Fora de da bolha ninguém existe, nada, só você.

Ás vezes eu saio, observo e volto.
Outro dia em minhas saídas vi uma moça quase cair de cara em um poste.
O motorista do ônibus não a viu.

Em outro eu vi que tinha muita gente do meu lado. Estranho, muito estralho.
Quase sempre estamos só.

No ponto, sim. Mais uma vez ele, o Sr. Pierre,
Olhando as bolhas viu a sujeira e teve uma idéia:
Pensar no futuro do humano.

Hoje quando estou lá vejo sua arte.
Depois de vender a água do coco, cortá-lo na metade e fazer um cinzeiro.

Para quem não pensa, há sugestões.

Adoro sugestões. Precisamos delas.

17 janeiro 2008

aqui, lá.

É sempre difícil, mas temos uma.
Desde pequeno nós já sabemos por onde ir. É, algumas vezes não.
Como eu não sabia.
Caminhar é difícil. Mas aprendemos.
Laranja ou abacaxi, aprendemos.

Outro dia me perguntaram o porquê de ser assim.
Exatamente eu não sei.
Família. Dinheiro. Escola. Amigos. Trabalho. Talvez.
E vários "talvezes" andam por toda a nossa vida.

Eu não quero. Há algum tempo a certeza vai, e vai.
Conhecemos pessoas e optamos por elas, ou não.
Conhecemos amores e optamos por eles.
Por vezes deixamos passsar a escolha certa. Como saber que seria a certa é impossível.
Quando estamos com o errado seria uma resposta.

Eu estou dividido. Mas não tão longe. Metade aqui, metade aqui do lado.
A metade aqui fala mais forte, pois está aqui. A do lado é quase platônica (?)

Trocando em miúdos:
Acho que ficarei por aqui mesmo.

10 janeiro 2008

dias sim, dias não. Dia não.

Hoje o Sr. Pierre (o vendedor de água de coco do ponto de ônibus) estava lá, como sempre.
Mas de forma diferente de outros dias. Quieto, cabisbaixo. Não era o de ontem, nem o de todas as outras vezes e dias.
Há dias sim. Há dias não. Hoje ele não estava para ninguém.

Moço eu quero uma água de coco.
Me desculpe minha senhorita, mas não tenho. Serve refrigerente ou água?

Por que seria a tristeza?

É, às vezes só vemos o que queremos. E felicidade é mais agradável.

08 janeiro 2008

no ponto.

Rituais nunca me foram bem vindos. Aniversário com bolo, brigadeiro e balões não tive. Não tenho interesse.
Festas de santos, casamentos, reveillon. São festas, e pronto.
Logo cedo a amiga, depois o irmão, depois os amigos do trabalho, depois...

É impossível não seguir um ritual em uma única vida. Subo no ônibus tudos os dias no mesmo lugar. Ritual.
Há pessoas sempre conversando com pessoas que estão de passagem, como tudo: passageiro. Um senhor, muito conversador, fala com todos e com tudo, desde bebês até idosos. Oferece os seus doces e água de coco. Oferece uma poesia, oferece casamento para algumas. Conta sua vida. conta a vida de outros. Conta de tudo.

Hoje, não sei o porquê, mas ele resolveu falar de aniversário. Ouvi de longe, como árvore.
O vento me agitou.
Cairam folhas, senti uma falta não sei ainda falar de quem ou do quê.

O tempo.
Hoje é mais um dia, antes de amanhã.
Obrigado Sr. Pierre.
Como você disse: pedra que muito anda não cria lodo.
As minhas raízes são sazonais.

07 janeiro 2008

na rua (ou) no meio do nada e eu de observador.

Há um caminho entre as pedras e a terra vermelha, as árvores, os morros e a água.
Muitas pessoas andando pelo cerrado, em duplas, trios e grupos. Eu sozinho. Prefiro assim, observar é uma arte (já me falaram isso algum dia).

De tênis, bermuda e mochila nas costas sob um sol forte e um céu lindo andei por mais de cinco horas. Observo que tem um casal atrás de mim, sem o intuito de "bisbilhotar" suas intimidades deixo passar a minha frente, e vou seguindo observando como se não estivesse observando, olhando como árvore, andando com passos de perdido.

Amor, eu estou cansada. Falta muito?
Não minha flor.

E ele corre, alcança ela, agarra pela cintura e a ergue. Pronto, está no colo.
Como uma garota brinca com sua boneca. Ela é a boneca.

Amor, você vai me derrubar!
Não minha flor!

Estou feliz. O amor é assim. Do nada, sem pretensão nenhuma me deixou feliz.
Valeu a trilha pela Chapada dos Guimarães.