10 fevereiro 2010

A educação

Hoje saí mais tarde do trabalho e quando isso acontece enfrento um exército de trabalhadores ávidos para chegar em suas casas o mais rápido que conseguirem. Acontece que o metrô do Rio de Janeiro fica minúsculo quando chega 18h. E não importa quem esteja em sua frente, você provavelmente vai ser empurrado para dentro ou para fora do carro em algum momento da viagem.

É fato que já tive que descer em outra estação por conta da superlotação. Espremido entre um senhor e a porta vou eu de Ipanema até o Catete, onde desço.

Do meu lado tinha os bancos destinados aos idosos, gestantes, deficientes e pessoas com crianças de colo. Duas garotas de aproximadamente 15 ou 17 anos estavam sentadas neles, e eu espremido entre uma porta e um senhor que deveria estar sentado em um banco reservado para ele.

Só escuto alguém falando: garota, dá licença para o senhor aqui sentar!

Olho para o lado e não vejo nenhuma delas mover o rosto se quer para olhar quem está falando.

Em alguns segundo eu percebo que muitas pessoas "revoltadas" com a situação começam a falar para uma das garotas saírem do banco.

Na estação seguinte surge um guarda do metrô e as obriga a deixarem livre os bancos.

Todos no carro, comovidos com a ação, vibram. Eu também.


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